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O gênero de literatura não é o fator de maior importância. O que vale mesmo é incentivar os alunos a adotarem o hábito e o prazer da leitura.
Além dos livros que são utilizados para estudo de determinado tema, como na leitura compartilhada em sala de aula, os alunos mensalmente escolhem um título para fazer a leitura e entrega de trabalho.
Trata-se do projeto que vem fazendo sucesso há sete anos no Friburgo: LEP – Leitura de Escolha Pessoal, desenvolvido com alunos do Ensino Fundamental II. “Esse é um trabalho que não apenas cria o hábito da leitura, mas também o gosto por ela”, diz Paula Trindade dos Santos, professora de Português e idealizadora do projeto.
O aluno lê em média 12 livros por ano e troca experiências com os colegas, já que todos comentam as obras, escrevem resenhas e até emprestam os livros, estimulando uns aos outros.
Paralelamente às atividades do projeto, os alunos são convidados a fazer uma indicação literária para o Blog da Biblioteca.
Clique aqui para ver as sugestões de leitura dos alunos e também as indicações feitas pela bibliotecária do Friburgo, Mônica Blum, com livros disponíveis no acervo da Biblioteca Thiago de Mello.
Clássicos ou contemporâneos. Nacionais ou estrangeiros. Não importa. No Friburgo o que importa para os alunos do 7º ao 9º anos do Ensino Fundamental é ler. E se para a grande maioria dos estudantes brasileiros, essa atividade é enfadonha, para esse pessoal, passou a ser uma paixão, de forma que vários deles não desgrudam de suas obras prediletas nem mesmo nos momentos de lazer e nas férias.
Esse é o efeito de dois projetos aplicados na escola há quatro anos. No “Leitura Compartilhada”, o professor indica uma obra, que é lida e estudada em sala de aula com orientação do docente. Já o “Leitura de Escolha Pessoal” permite que os próprios alunos escolham as obras que desejam ler. E é neste último que acontece a surpresa: ao lado de obras pop do universo adolescente de hoje, como Harry Potter, estão clássicos como Vidas Secas, de Graciliano Ramos, O Alienista, de Machado de Assis, Vastas emoções e pensamentos imperfeitos, de Rubem Fonseca, e até Ensaio sobre a Cegueira, do português José Saramago. Ressalte-se: todos escolhidos pelos próprios alunos.
“Esse é um trabalho que não apenas cria o hábito da leitura, mas também o gosto por ela”, diz Paula Trindade, professora de Português e idealizadora dos projetos. Ler Lima Barreto, Clarice Linspector e Machado de Assis também é um importante aspecto de integração, troca de experiências e de conhecimento social para a garotada. “Normalmente os alunos fazem amizades e se identificam nas baladas. Aqui, os relacionamentos começam também com a leitura. Os alunos comentam entre si, trocam livros e estimulam uns aos outros”.
Em maio será iniciada uma nova fase dos projetos. Além das avaliações, os alunos estão escrevendo breves resenhas sobre pelo menos uma das obras que leram. A idéia é publicar todo esse material em um site ou até no formato de livro. “Serão cerca de 150 indicações feitas pelos estudantes e um rico acervo de crítica literária”, prevê a professora de Português com grande – e justo – entusiasmo.